Intervenção de cirurgiã(o)-dentista pode contribuir para diagnóstico e tratamento da sífilis

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Com a proximidade do Dia Nacional de Combate a Sífilis (19/10), é importante lembrar que, desde 2014, as autoridades sanitárias brasileiras têm reportado aumento na incidência dessa Infecção Sexualmente Transmissível (IST). Como muitas vezes as manifestações bucais são o primeiro e único sintoma de uma sífilis não diagnosticada e não tratada, a atuação da(o) cirurgiã(o)-dentista pode ser de vital importância para o reconhecimento e diagnóstico precoce da doença.

As manifestações mais encontradas em mucosa oral correspondem à sífilis secundária e são lesões altamente contagiosas, o que evidencia a necessidade do diagnóstico. Cerca de 30% dos pacientes com sífilis secundária apresentam múltiplas áreas de mucosa sensível e esbranquiçada, conhecidas como placas mucosas. Essas lesões têm distribuição irregular, podem acometer qualquer superfície mucosa e são encontradas com maior frequência na língua, nos lábios, na mucosa jugal e no palato.

A lesão primária da sífilis, cancro, apresenta como uma úlcera também pode ocorrer na boca: afeta tipicamente língua, palato, gengiva ou lábios, com uma resolução espontânea. Já a terciária pode se apresentar em forma de crateras (goma sifilítica), afetando geralmente o palato duro ou a língua. O cancro surge no local da inoculação do Treponema pallidum, em média três semanas após a infecção. Regride espontaneamente entre quatro e cinco semanas sem deixar cicatriz. Localiza-se na região genital em 95% dos casos. As localizações extragenitais mais comuns são: regiões anal, mamária e boca.

Ao suspeitar-se de um caso de sífilis com manifestação oral, o teste rápido é o exame mais indicado, mas o exame anatomopatológico também pode ser realizado. O CD também pode solicitar a sorologia para sífilis. A história do indivíduo, os dados clínicos e a detecção de antígenos ou anticorpos em testes laboratoriais são etapas para a confirmação do diagnóstico.

A enfermidade inclui períodos de atividade – sífilis primária, secundária e terciária – e períodos de latência (sífilis latente), sendo recente, quando o diagnóstico é feito em até um ano após a infecção, e tardia, após um ano.

Se houver a suspeita de sífilis em um paciente o dentista pode solicitar os exames acima ou encaminhar para o estomatologista para completar o diagnóstico. Em casos confirmados o paciente deve ser encaminhado para o infectologista para realizar o tratamento.

Fonte: CROSP

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