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A morte do médico aconteceu um dia depois de ser divulgado que ele foi indiciado por homicídio culposo de uma menina de seis anos. A criança passou por procedimento cirúrgico no Hospital Unimed no dia 16 de fevereiro deste ano e faleceu após complicações.
O inquérito que investigava o médico foi concluído em 23 de junho e presidido pelo delegado José Anchieta Pontes dos Santos, do 2º Distrito Policial. A representação criminal foi feita pela mãe da criança.
Eduardo era filho do pediatra Messias Melo, que faleceu aos 82 anos em 2021. O cirurgião deixa a esposa e dois filhos.
Entenda o caso
O cirurgião pediátrico Eduardo Guimarães Melo foi indiciado pelo crime de homicídio culposo pela morte de uma criança de 6 anos durante um procedimento cirúrgico no Hospital Unimed em Teresina, Piauí. O caso ocorreu em 16 de fevereiro de 2023 e o inquérito foi concluído em 23 de junho.
A criança, que sofria de insuficiência renal, foi internada para tratamento de uma infecção e troca de cateter. No dia 16 de fevereiro, ela passou por um procedimento cirúrgico para a introdução de um cateter para tratamento de hemodiálise. Após a cirurgia, a menina começou a se queixar de
dores e foi levada novamente ao centro cirúrgico. Foi informado à mãe que uma artéria havia sido rompida durante o procedimento e que o médico Eduardo Guimarães já estava prestando o devido atendimento. No entanto, a criança faleceu posteriormente.
Depoimentos de outros médicos que auxiliaram no atendimento indicaram que houve uma complicação durante a implantação do cateter, com punção na artéria. O médico Eduardo Guimarães Melo admitiu a complicação, mas acreditava que a situação estava estável após ter detectado o problema e retirado o cateter, colocando-o na veia.
O inquérito concluiu que o médico supostamente não utilizou corretamente a técnica adequada para o tratamento com o instrumento de perfuração durante a aplicação do cateter, resultando em complicações e na morte da criança. Além disso, foi ressaltado que ele não estava presente durante a recuperação da paciente, quando poderia diagnosticar a necessidade de intervenção cirúrgica ou outro procedimento para controlar as complicações.
A mãe da criança afirmou que, apesar da enfermidade renal, sua filha estava com um quadro de saúde estável e equilibrado. Ela mencionou que a criança iria entrar na lista de transplante devido à sua boa condição clínica e que a causa da morte foi o rompimento da artéria durante o procedimento de introdução do cateter.