Cremesp esclarece Termo “maconha medicinal” não reflete estágio atual de conhecimento sobre uso terapêutico da substância

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02/09/2016

O  Cremesp divulgou , nesta sexta-feira, 2 de setembro, nota pública para esclarecer que o termo “maconha medicinal” não reflete  atual estágio  do conhecimento científico aceitos nacional e internacionalmente, para a aprovação de uma terapêutica. O texto foi  aprovado em reunião plenária do Conselho, realizada 30 de agosto de 2016. Veja a seguir a íntegra da nota:

NOTA PÚBLICA SOBRE “MACONHA MEDICINAL”

Nos últimos anos, o interesse pelos usos da cannabis vem tomando maiores proporções no cenário nacional. As perspectivas de abordagem do assunto multiplicaram-se, levando muitas vezes a confusões conceituais que turvam a boa compreensão dos desafios ligados ao uso da substância.

Assim, compete ao Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) posicionar-se sobre as crescentes manifestações na sociedade a respeito do uso da chamada “maconha medicinal”. Cabe esclarecer que o termo “maconha medicinal” embora tenha apelo cultural, não reflete o estado atual do conhecimento e o uso conforme esta designação não respeita os passos necessários, aceitos nacional e internacionalmente, para a aprovação de uma nova terapêutica.

A maconha contém diversos princípios ativos, dentre os quais apenas alguns apresentam indicações preliminares terapêuticas específicas. O Cremesp foi pioneiro no apoio à liberação do uso do canabidiol (canabinóide não psicoativo) para populações portadoras de epilepsias graves e refratárias da infância. No entanto, o Cremesp  afirma não haver comprovações científicas de que haja algum uso efetivamente medicinal da maconha. O desenvolvimento de novos estudos que ofereçam evidências para a eventual utilização terapêutica de canabidiol ou outros canabinóides receberá apoio do Cremesp. Contudo, a aprovação, neste momento histórico, de usos na Saúde de derivados de cannabis, para os quais os procedimentos consagrados para liberação de medicamentos não foram respeitados, merece repúdio e grande preocupação deste Conselho.

Fonte: Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo

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