Clientes entram na Justiça contra aumento de 70% em plano de saúde da Golden Cross

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08/09/2014

Funcionários da UFPE reclamam de reajuste com sinistralidade como critério. A operadora de saúde Golden Cross está causando muita dor de cabeça a 52 funcionários da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Segurados da empresa, eles viram o valor dos seus planos de saúde sofrerem acréscimo de quase 70% no somatório dos anos de 2013 e 2014.

Como o contrato é coletivo, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) não regula esse tipo relação e, sendo assim, os reajustes são estabelecidos pelas operadoras tendo como critério a sinistralidade. Por causa do imbróglio, o Sindicato dos Trabalhadores da Universidade Federal de Pernambuco (Sintufepe) procurou a Associação de Defesa dos Usuários de Seguros, Planos e Sistemas de Saúde (Aduseps) para impetrar na justiça uma ação contra a empresa que recentemente vendeu sua carteira de contratos individuais para a Unimed-Rio.

É discriminatório esse percentual. A empresa está se utilizando do fato de não poder reajustar por faixa etária, já que a legislação impede esse critério quando o segurado atingir 70 anos, para repor a perda utilizando a sinistralidade como desculpa”, criticou a coordenadora jurídica da Aduseps, Karla Guerra. 

 A sinistralidade é um desequilíbrio financeiro entre os custos que a operadora tem com o segurado e o seu lucro. ” Isso significa que o segurado, mensalmente, utiliza mais o plano de saúde do que o que paga, gerando uma defasagem na mensalidade”, afirmou Karla. 

Procurada pela reportagem da Folha de Pernambuco, Golden Cross se posicionou através da Assessoria de Imprensa. Por meio de nota oficial, a empresa disse que aplicação do índice de reajuste anual está de acordo com a atual legislação e com os termos contratuais, uma vez que é baseado na variação dos custos médicos e hospitalares.

Fonte: Folha PE

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